Meditação Dançante

A meditação da dança

A meditação, como estado de ser, é o profundo silêncio de nós mesmos. É a ação de fundir a individualidade com a existência, tornando-se unidade. Encontrar este silêncio é seguir por um caminho desafiador, em entrega, para que o encontro se realize. Para tanto, há que se ter uma prática, uma disciplina que manifeste o caminho; que seja o próprio caminho. A dança circular é um caminho.

Foi o mestre Bernhard Wosien que nos apresentou a dança como um caminhar para o silêncio interno. A partir de sua pesquisa das danças de roda em diversos povos, resgatou elementos simbólicos de conexão do homem com a natureza e os integrou na sua proposta de dança. Então, criou danças cujo objetivo era que os dançantes vivenciassem a presença no aqui-agora e desta maneira, encontrassem o silêncio interno, a meditação da dança.

Sendo portanto, uma meditação ativa, através do movimento corporal sintonizado com sons de frequência que nos conduzem a introspecção e alinhando a respiração consciente, vamos liberando tensões e estabelecendo um estado de relaxamento integral corpo-mente, adquirindo assim mais consciência de si. Com a prática regular, observamos que o centramento vai se tornando cada vez mais imediato, o que melhora muito o desempenho em nossas ações, pois nossa mente torna-se mais serena. Também constatamos que um potencial energético preenche o nosso ser. O corpo ganha mais vitalidade, surge uma satisfação que vai despertando maior prazer em viver, mais alegria e bem estar geral.

A Meditação Dançante nos conduz à mais consciência, pois sutilizamos nossos corpos e descobrimos outras dimensões do nosso ser, nosso espaço sagrado, nossa essência. 

Este texto é de minha autoria. Se você utilizar o texto como pesquisa, peço sua atitude consciente de citar a autoria. Agradeço! Adri Cavalli